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PRENÚNCIO DO FIM

O final do ano de 2009 e início de 2010 foram marcados por grandes tragédias ao redor do mundo. Um aviso gritante da natureza que mostra sua força através das enchentes, nevascas e terremotos que atingiram cidades em diversos continentes.

 

Recordo-me, durante minhas viagens de carro, de admirar as paisagens de montanhas com seu verde de nos fazer perder em pensamentos soltos, de me sentir tão pequena e insignificante diante de tamanha grandeza. Sempre tive consciência que a natureza era muito mais poderosa que a força, inteligência e vontade do homem; o engraçado é que, ao comentar entre amigos que na minha opinião a própria natureza seria a maestrina do fim do mundo, as pessoas riam de mim...

 

Essas tragédias recentes revelam o prenúncio do fim. O fim de uma era. O fim da humanidade. Quando isso irá acontecer? Quem sabe? Somente sinto que está próximo e gostaria de partilhar esse sentimento. Não temo, apenas sinto…

 

Entre as tragédias mais recentes o tsunami na Indonésia, furacão Katrina em New Orleans, o deslizamento de terra em Angra dos Reis, as enchentes que atingiram e continuam atingindo diversas cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, entre tantas outras não só no Brasil, mas, também, em diversas partes do mundo. Na Polônia, as fortes nevascas deste ano provocaram várias mortes, porém a história nos mostra que as tragédias naturais ocorrem há muitos anos.

 

Em 1900, um furacão atingiu violentamente a cidade-ilha de Galveston, no Texas. Ondas causadas pela tempestade provocaram milhares de mortes na cidade e arredores. A verdade é que nem uma única construção em Galveston saiu ilesa.

 

Em 1755, um terremoto arrasou a cidade de Lisboa, Portugal. Causou incêndios e também tsunamis, segundo estimativas, de até 15 metros de altura. O resultado dessa tragédia foram mais de 60 mil mortes.

 

Em 1556, a população da China teve uma perda por volta de 830 mil vidas devido a um terremoto.

 

Outra história interessante é a do vulcão Paricutín. Em 1943, no México, um agricultor descobriu que havia algo diferente em seu milharal; eram fissuras que se abriam no chão. No dia seguinte, as fissuras tinham se tornado um pequeno vulcão. Na semana seguinte, o cone cresceu 150 metros, e um ano depois tinha se elevado a 360 metros. O cone, que fica a 2.775 metros acima do nível do mar, acabou atingindo a altura de 430 metros.

 

Esse é um exemplo clássico que a natureza não pede licença para entrar, ela toma o seu lugar. A principal questão que me coloco é: e o nosso lugar, qual será? Nós somos responsáveis por todas essas tragédias que têm ocorrido no decorrer da história da humanidade?

 

Sinceramente, acredito que não temos poder para tanto.

 

A verdade pode ser que apenas somos um personagem em uma paisagem em constante mudança. Mudanças essas regidas por ela, somente por ela.

 

Não importa o quão ignorantes sejam nossos atos, o quanto nossa presunção nos coloque em um pedestal como os senhores dignos de decidir o que é certo ou errado. Somos meros mortais, diante de uma natureza sábia e grandiosa.

 

O problema é que ainda não caiu a ficha!

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